quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A Felicidade pela Preguiça


Pode parecer idiota, mas a melhor maneira de não se sentir triste, é não se sentir triste. Que diabos? Simples: não deixe as coisas que o tornam infeliz te afetarem. O que eu faço quando algo me incomoda tanto a ponto de me fazer ficar mal? Eu relevo. Simples assim.

Quanto tenho provas para estudar, trabalhos para entregar, correria, stress, etc. Eu não deixo eles de lado. Eu sigo fazendo, mas tento ter minutos de folga no dia para simplesmente NÃO PENSAR NELES! E nesse pequeno período de tempo, minha mente viaja e pensa em quaisquer outras coisas que me deixam feliz. Por mais idiotas que elas sejam. Isso chama-se não enfrentar os problemas, mas sim fugir deles dentro da minha mente. Eu posso ser considerado uma pessoa preguiçosa. Sim, pois não tenho empenho de batalhar meus problemas para superá-los. Eu prefiro apenas aceitar que eles não me incomodam mais. E funciona.

Há situações, no entanto, que não podem ser simplesmente ignoradas. São situações que persistem, mesmo que vc as ignore. São situações que nos incomodam, mesmo que tentemos relevá-las. Nesse caso, em última instância, eu sugiro... mudar. É, mudar é empenhoso e requer muito esforço. Mas infelizmente é necessário. Terminar um relacionamento pode ser cansativo. Mas às vezes não tem opção melhor. Pois nem que vc releve os problemas vc consegue paz. Um emprego entediante ou estressante demais também são situações em que vc deve mudar, dependendo do caso. Não me venham com essa de que trabalhar tem que ser prazeiroso, blábláblá. Trabalhar é um saco. Mas isso é perfeitamente tolerável. Só existem casos em que a merda é tão grande, que isso te atrapalha fora do ambiente de trabalho. Aí mande tudos e todos à merda e vá procurar algo melhor.

Vou ser sincero: a felicidade de verdade não existe. Sempre haverão coisas pra te incomodar, merdas acontecendo, pessoas sem noção que consomem o seu bom-humor. Ser feliz, na minha opinião, é simplesmente saber ignorar tais tristezas e se divertir. Quanto maior for sua porção de diversão em meio à infelicidade que o cerca, mais feliz vc será.

ps: isso parece uma porra de uma auto-ajuda, o que eu veementemente recrimino. Mas ei, pelo menos não tô sugando seu dinheiro com livros que só dizem o óbvio: pra ser feliz, vc deve... SER FELIZ!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Akumetsu


Terminei de ler o melhor mangá jamais feito. Ele se chama Akumetsu (link) e é, basicamente, sobre um cara que decidiu matar todos os políticos corruptos do Japão com as próprias mãos. E o que é bizarro é que, cada vez que ele elimina um político, sua própria cabeça explode.

Akumetsu é excelente pois, além de toda a ação, tensão e (um bocado de) violência, ensina uma lição valiosa: a de que nada muda realmente. O mau dentro das pessoas sempre vai existir, o ser humano sempre será corruptível. Enfim, todas as soluções para o mundo, inclusive as que eu posto neste blog, são apenas tentativas de mudar pouco o que não pode ser mudado.

A visão do autor, que literalmente dilacera o governo japonês, é a de que, quem usa o poder apenas para enriquecer, em detrimento da economia do país e, em consequência, do próprio povo é mau. E esse mau deve ser varrido da face da Terra. Isso só pode conseguido com a habilidade da personagem principal de "ser imortal". O que me admira nesta personagem é principalmente sua atitude. Akumetsu é extremamente inteligente e conhecedor dos piores podres que rolam nos bastidores do poder. Baseado nisso, ele inicia seu plano de limpeza, plano, aliás, muito bem executado.

A única coisa que eu discordo é o método que ele utiliza para "fazer a limpa" no governo. Matar, violência, tudo isso só é divertido de se ler/assistir (eu confesso!). Mas não leva a nada e, pior, só gera mais violência. Existem meios pacíficos, como o que eu citei no post anterior.

Espero que o outro mangá dos mesmos autores (Yoshiaki Tabata e Yugo Yuuki), chamado Wolf Guy (link) siga a mesma linha de qualidade. Por enquanto, a história está interessante mas, a exemplo de Akumetsu, ela começa devagar, com pouca coisa revelada.

Uma leitura mais que indicada. São 160 capítulos de uma qualidade surreal. Akumetsu já tinha atingido o topo da minha lista de mangás lidos, mas seu final mostrou que é uma leitura difícil de ser batida. Claro, espero me surpreender.

Como salvar o mundo? - Educação


Se eu tivesse dinheiro, sabe o que eu faria? Montaria uma escola. Mas não uma escola qualquer. Juntaria pessoas bem intencionadas que tenham as manhas de influenciar as outras pessoas. Aí juntava todas as crianças carentes que eu pudesse e colocava nessa escola. E lá elas poderiam se divertir, ter casa, comida, roupas e, o mais importante, se tornariam adultos influentes e inteligentes. E, se tudo desse certo, políticos (é... se não pode vencê-los, junte-se a eles). Mas políticos com índole. E como eles seriam influentes, eles se elegeriam. E substituiriam esses urubus que habitam os plenários hoje em dia. Eu formaria um partido só com frutos dessa escola. Em algumas décadas, teríamos apenas pessoas íntegras nas câmaras, no senado, na presidência.

O Brasil não precisa de políticos mais eficientes - mas é claro que "meus alunos" teriam aulas de administração pública - pois o país caminha relativamente bem. Precisamos de pessoas mais honestas. E, vejam só, honestidade, assim como bondade, gera mais honestidade. Pessoas influentes no poder poderiam tornar o mundo como elas. Assim teríamos melhores escolas. E eu ia torcer para que formassem escolas concorrentes (apesar de eu achar difícil alguém querer realmente mudar o mundo).

A escola seria muito rigorosa, mas sem violência. Temos que apagar da mente das pessoas que a violência é um meio de controlar os outros. A prioridade é ensinar que pode-se ser responsável e mesmo assim se divertir. E também seriam aceitas novas idéias e opiniões, desde que não fuja-se muito do propósito inicial. E quem saiba seja possível que haja uma democracia (não que eu acredite nessa possibilidade).

Mas tudo isso não passa de imaginação minha. Primeiro porque eu não tenho dinheiro (e sim, seria preciso muito dinheiro pra manter uma estrutura dessas). Segundo porque eu não conheço ninguém que saiba influenciar os outros e que seja perfeitamente honesto.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Extremos


Sabe-se que todo tipo de extremismo é babaquice. Qualquer fanático é um idiota por definição. A verdade é uma só: não existe verdade. Existe o que vc pensa. E o que vc pensa é o que define seu mundo. Então não pense que vc pode convencer as outras pessoas, que pensam diferente de vc, de que a SUA verdade é absoluta.

Acredita em deus? Bem feito. Tem certeza de que ele não existe? Idem. O fato é que não adianta querer saber, vc jamais saberá com certeza. Então pra que perder tempo com isso? Não acho errado ter opiniões, só acho errado assumir que elas são verdades absolutas. Eu, por exemplo, acho que deus, alma e outras definições não existem. Acho que quando vc morre, vc morre. Mas... não tenho certeza disso. E isso não me incomoda.

Já fui chamado de intolerante. Eu penso o contrário. Eu sou a pessoa mais tolerante possível. Eu acho que cada um deve pensar o que quer e fazer o que quer. E eu mesmo tenho as coisas que gosto e as que não gosto. E infelizmente não vou mudar. Mas eu as tolero em meu benefício ou em benefício de alguém (mais pelos outros do que por mim!).

Só acho que é perda de tempo assumir que algo é assim e ponto. Gaste mais tempo procurando se divertir. Você ganha mais com isso.

Como salvar o mundo? - Bondade


Altruísmo é uma coisa boa, certo? Então por que não praticá-lo?

Pense: toda vez que vc tiver oportunidade, faça. Tem um carro dando sinal pra entrar numa rua movimentada.... Pare! Tem alguém chegando atrás de vc... Segure o elevador! Tem alguém de mau-humor? Diga "Bom dia"! Não precisa esperar resposta. Apenas sorria. No mínimo vc deixa a pessoa constrangida.

Não roube, não queira levar vantagem. Siga as regras, respeite as leis. A maior parte delas só servem pra vc não foder com a vida dos outros. O problema da sociedade são as regras implícitas. Aquelas que vc (pensa que) sabe que deve seguir, mas não está escrito em lugar nenhum. Aquelas que impedem de fazer o que vc realmente quer. Por exemplo: aquela que diz que vc tem que estar bonito e apresentável todos os dias. E aquela que diz o tamanho certo dos peitos pra uma mulher, entre várias outras. Elas não servem pra nada, ignore elas.

Se puder, faça trabalho voluntário (um dia eu farei também). Foque nas crianças. Elas são o futuro. São elas que vão passar pra frente o que vc ensiná-las. Tá, os idosos merecem um fim de vida feliz e decente, mas sério, foque nas crianças. E ensine elas a serem boas com os outros. Uma corrente... é, sei lá se funciona. Mas tente.

Não sei muito onde eu quero chegar. Só tô passando o que eu penso pra frente.

O objetivo é dar o exemplo. É tornar o outro tão gentil quanto vc, baseado no que vc faz. Mas não espere que o outro aprenda com isso. Apenas faça. Não deixe de fazer porque vc acha que não vão fazer. Não é nisso que é baseado o princípio.

E se a pessoa não aprender nada com isso, não passa de um imbecil. E que vá se foder. ;)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Underground


Eu nutro uma paixão pelo underground. E uma repulsa pelo mundo pop. Incrível como uma coisa que só pelo fato de não ser o que todo mundo gosta, já me atrai.

E num lapso de pensamento hoje (após uma festa na qual tocou samba), gostaria que o mundo todo fosse do jeito que eu gosto, só pra não ter que aturar tal tipo de porcaria. Mas o que me faz gostar do que eu gosto? Não é justamente isso ser diferente? Portanto, toda essa merda chamada cultura pop é nada mais que parte fundamental da existência da cultura underground.

Não se engane. Eu também me rendo a coisas que fazem sucesso. Também não é tudo o que não faz sucesso que me atrai. É só que há uma tendência pra que eu goste de coisas menos conhecidas e/ou apreciadas. Também, acho que eu não teria amigos se fosse tão extremista assim.

O que me remete a um pensamento constante na minha cabeça: por que é que precisamos de amigo, de socializar, de interagir com outros seres humanos? Parte dos nossos "gostos" são meramente maneiras de fazer amigos. Todos têm algo que até toleram, para acompanhar um grupo de pessoas, ou até uma pessoa com quem se quer relacionar. Ou seja, quanto maior a necessidade que vc tem por ter amigos, maior é a frequência com que vc se vende à cultura pop, ou ao menos ao que eles gostam. E tenho certeza que quando uma pessoa diz: "Ah, nem acredito que eu gosto daquilo, eu tenho vergonha!", na verdade é aquilo o que ela realmente gosta.

No meu caso, eu preciso sim arranjar maneiras de socializar, eu sinto falta de pessoas às vezes. Mas na maior parte do tempo, eu gosto de gostar das minhas coisas.

"I won't deny that I'm inclined to isolate. Dearly beloved, I can't relate to you." - Dearly Beloved - Bad Religion

E acho que esse blog tá ficando pessoal demais, preciso generalizar mais os assuntos.... ou não.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Imagine




Minha imaginação é um ciclo vicioso.
Eu prefiro a fantasia à realidade, isso é fato. E eu gosto tanto de imaginar as coisas que me perco nesse mundo de imaginação. E, principalmente com as coisas mais próximas da realidade (como planos para o futuro), eu me frustro demais, porque não passam de idéias malucas (ou não) e que jamais vão acontecer em realidade. E essa frustração é tão grande que me leva a querer imaginar mais para não encarar essa realidade. Então eu me perco em mais imaginações e muitas delas são mais viajadas que as anteriores. Enfim, um ciclo vicioso.
Tem também as imaginações assumidamente viajadas, as que eu mais gosto. Talvez por saber que essas com certeza jamais acontecerão, eu me permito ir mais longe. Mas no fundo ela gera uma certa frustração porque já estão tão grandes e completas que eu gostaria que fossem possíveis.
Mas as piores são aquelas tão próximas da realidade. Tão próximas que são perfeitamente possíveis (exceto pelo fato de que: se eu imaginei, não vão acontecer!). E isso frustra tanto que pra não me sentir tão frustrado eu começo a imaginar.
Me sinto preso nesse ciclo, mas tão viciado que eu nem sequer cogito sair dele. E no fundo, acho que todo ser humano só vive porque alimenta sonhos, ambições e imaginações. Mesmo que não acontecam, no fundo todos só querem imaginar como acontece.

Confuso? É, o mundo é confuso.

"You may say I'm a dreamer, but I'm not the only one." - John Lennon - Imagine

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aloof

Finalmente (parcialmente) livre.


Estive pensando. Como é difícil analisar a sociedade humana tendo todas as emoções. Pensei nisso enquanto ouvia uma palestra de uma empresa sobre usar os recursos naturais de um país diferente (não vou entrar em detalhes). Me bateu um sentimento de bairrismo que me gritava: "Quem são eles pra querer mexer no que é nosso?". Mas pensei melhor... O que é o certo? É haver essa divisão, essa segregação das regiões e de terra, ou então pensar no mundo como algo único? Eu, desprovido de emoções, penso que o mundo é uma coisa só. A humanidade é uma coisa só. E todos têm direito sobre tudo. Então não vejo aquele fato como uma exploração de algo alheio, mas sim, exploração de algo do mundo (não vou entrar no mérito impacto ambiental. Nesse ponto eu discordo completamente. Mas essa análise é apenas com relação social).

Penso que, enquanto encararmos o mundo como algo dividido, sempre haverão conflitos, sempre haverá discórdia. Por mim, queimemos todas as bandeiras, todas as barreiras e formemos um mundo único, uma "pangéia", no qual o homem (e o resto dos animais) coexistam.

Mas enquanto houver emoção nas decisões que tomamos, jamais conseguiremos paz. Claro! A mesma emoção pela qual fui tomado quando ouvi a palestra é o mesmo que ocorre em cada guerra, em cada conflito, em cada falta de consenso entre nações, cidades, enfim, humanos.

Por isso, proponho (a mim mesmo, já que cada um faz o que quer e é isso o que eu prego) não mais pensar com o lado emocional quando for analisar o mundo. Vou me abster das emoções para enxergar todos os lados de cada situação. E essa é a definição de Aloof: sem emoções, distante, pronto pra analisar friamente, filosoficamente os fatos.

"So... burn the flag of every nation state, flood the palaces with the peoples hate. And all will be one." - Strung Out - Lucifermotorcade

"Bury my emotions to protect myself, 'till I can't feel a fucking thing. I've dared to dream I've tried to live, but I've played it safe again. I'm just a slave to my vices now... Bring out your dead!" - Strung Out - Bring Out Your Dead

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E a...? E o....?


E a gripe...? E o Sarney...? E o avião que caiu...? Mais nada. É incrível como os assuntos são efêmeros. Nós somos todos controlados, forçados a pensar de uma maneira padrão pelos que detém o poder da mídia, da "comunicação". Eles mostram só o que lhes interessa, quando lhes interessa. Que notícia vende mais?

Cabe a nós mesmo enxergarmos o que há por trás do que nos é passado. E como aprendemos isso? Caímos novamente na questão da educação. Infelizmente fomos criados pra isso. Poucos são os professores que nos ensinam a pensar de verdade.

Não acredite em tudo o que vê, ou lê. Post curto porque eu tô sem tempo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Gripe? 2


Putamerda. Eu odeio repetir um tópico, muito mais falar de algo tão falado na mídia. Mas é justamente esse fato que me irrita profundamente. Saíram os números de casos e de mortes por gripe no Paraná. Foram 1148 confirmados contra 1537 negativos. Ou seja. Apenas MENOS DA METADE dos casos de sintomas de gripe é dessa nova. Então pra que ter tanto medo dela? E o engraçado é que tanto a TV como os jornais ignoram esse fato. Pior, começam as notícias dizendo quantos mortos novos têm. O que eles omitem é que (no Paraná, por exemplo) apenas 1/4 dos óbitos por doenças respiratórias são causadas por esse vírus. Conclusão? ELA É MENOS MORTAL DO QUE QUALQUER OUTRO TIPO DE GRIPE!

E sabem por que tem me irritado tanto essa paranóia tanto com algo COMUM e SAZONAL? Por que eles resolveram adiar as aulas. Já serão 4 semanas... UM MÊS INTEIRO sem aulas, SEM MOTIVO. Não há motivo pra parar tudo. Não há motivo pra não sair de casa, pra se isolar, pra ter mais esse tipo de preocupação na cabeça. Isso só falando de doenças respiratórias, sem entrar no mérito de outras.

Então qual é o objetivo do governo? De que adianta perseguir algo tão ordinário? Sinceramente, não sei. Mas que a maior prejudicada com isso é a educação, ah, é! Eu convivi com uma faculdade em greves e sei BEM como um calendário bagunçado atrapalha o rendimento. Tá, chega de teorias conspiratórias. Acho que eles são apenas BURROS, e não tão espertos pra isso. Mas que algo cheira mal nessa história toda, é fato. E com esta paranóia toda tomando conta dos jornais, os escândalos, como os tais Atos Secretos ficam em segundo plano (não, não tenho paciência pra entrar nesse mérito).

Eu gostaria que o povo abrisse os olhos pra esse tipo de prática. Mas como alguém vai aprender a ver os fatos por trás das notícias se não tem educação? E como vai ter educação se as notícias indicam para não estudar? É um ciclo vicioso. E sempre foi assim. E provavelmente sempre será.

Fontes dos dados:

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Gripe?

Conversa de gabinete:
- Pois não, senhor?
- Feche a porta. A razão pela qual eu o chamei aqui é um tanto quanto intrigante. Precisamos cuidar da dívida daquela empresa farmacêutica. Anos atrás gastamos bilhões com medicamentos, mas aquela gripe não foi tão mortal quanto prevíamos. Agora temos milhões daquele remédio em estoque e não temos o que fazer com eles.
- Compreendo, senhor.
- Eu tive uma idéia para isso. O vírus da gripe anterior infelizmente não passava de humano para humano. Esse foi o problema. Temos que alarmar a população com um vírus que seja transmissível de uma pessoa para a outra.
- Não é arriscado demais contaminar a população com um vírus altamente transmissível?
- Não isso. Pensei em algo mais simples. Vamos rastrear um vírus de gripe comum.
- Mas senhor, existem milhares de vírus de gripe comum. Eles mutam todo ano.
- Sim, mas rastrearemos apenas um. Daremos um nome chamativo. Diremos que ele derivou de um animal, como a gripe anterior. Isso funciona, apavora a população. Como com a AIDS.
- O único problema é que a gripe não é tão mortal como esses vírus.
- E daí? O povo não sabe disso. Mostraremos a eles os números de mortos. Mesmo que sejam poucos,só de ver que existem mortes, as pessoas começam a temer. E quando todos temerem a gripe, indicaremos o medicamento que temos em estoque como principal maneira de combatê-la.
- Isso causará pânico geral, senhor!
- Deixe que cause. Vai ser bom para a economia. Ensinaremos as pessoas a se previnir. Isso acarretará num aumento das vendas de álcool-gel e máscaras de proteção. Gerará empregos.
- Ensiná-los a se prevenir não seria ir contra a idéia de disseminar a doença? Aí as vendas não seriam tão grandes. E tem mais, a economia pode parar. Com o risco de pandemia, o comércio, as aulas, o trabalho, tudo vai fechar!
- Não, temos que mostrar que nos preocupamos com a doença. E também isso ajudará a esgotar os estoques sem que tenhamos que gastar mais com a produção de novos medicamentos. Tudo fechar é um risco que corremos. Mas precisamos nos livrar deste estoque e recuperar o dinheiro que gastamos.
- Senhor, com todo o respeito, o senhor acha que nós podemos enganar a todos simplesmente dizendo que uma coisa é muito mais ameaçadora do que realmente é?
- Yes, we can.


Não que eu acredite nesses números, ou dados especificamente. Mas desde que a pandemia da gripe do porco começou, eu acredito que tem algo por trás disso. E algo relacionado à máfia da indústria farmacêutica.

T4 Project - Health Care
Doctors, doctors! You must never cure the patient. That's like throwing business away. It's our job to cure the symptoms, never the cause! Prolong their diseases, never cure!

terça-feira, 28 de julho de 2009

O Brasil é melhor que os EUA

Não. Mas vai ser. Foi o que eu ouvi de um francês esses dias. Melhor em que? Economicamente? Não. Brasil não tem cacife pra passar os EUA economicamente. Toda a economia já está direcionada pra lá. Acho que ele quis dizer que será um país melhor pra morar. Aí eu até concordo. Lá eles vão ter muito mais stress com a vida. Aqui, que tipo de preocupação a gente tem? O Brasil é lindo. Tem corrupção, mas pra isso a gente já tá vacinado. Já é algo intrínseco no nosso povo. Já é normal. Tanto que que rouba é inclusive reeleito. Um dia, quando quem realmente pensa não for tão preguiçoso quanto eu, aí sim vai mudar. O problema é que a preguiça de muitos resulta no sucesso de poucos.

Tô lendo O Mundo é Bárbaro do Veríssimo. Pensei em postar aqui só depois que lesse ele inteiro, mas não dá. Cada leitura é uma inspiração. Achei que o cara fosse um bom comediante. Ele é muito mais que isso. Ele até me inspira em pensar no Brasil, vejam só!


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Professores, educação e alunos

Não sei por que, mas existem professores que não nasceram pra dar aula. No último semestre eu sofri com um professor que reúne todas as qualidades que um professor NÃO deve ter: ele não orienta o aluno (nem sequer sabia O NOME do livro que ele usava para dar aula), não responde perguntas de forma objetiva, não é flexível para aceitar o que o aluno argumenta e o pior, exige um trabalho imenso e, em plenos tempos de computadores, que seja feito manuscrito. Além disso, faz provas de correção "binária" (ou seja, ou vc acerta a questão inteira ou erra ela inteira - questões que são de raciocínio e cálculos, muito fáceis de errar).

Então eu me pergunto: por que DIABOS um cara desses é professor? O que motiva ele a dar aula? Obviamente ele não gosta disso, porque se gostasse teria o mínimo de empenho em ensinar, que foi o que ele passou um semestre inteiro NÃO FAZENDO! Pior de tudo é sequer poder reclamar isso para o coordenador do curso, já que era ele próprio!

Eu acredito que o papel de um educador é não apenas ensinar a matéria, mas também dar noções de vida. Pense, se desde pequenos nós fôssemos incentivados a fazer algo para mudar o mundo em que vivemos, já o teríamos feito. Eu tive que viver, digamos, 10 ou 15 anos da minha vida sem ter essa cabeça. Fui aprender a ter essa consciência sozinho, observando e ouvindo
músicas que pregam esse tipo de atitude. E como sempre fui preguiçoso ainda sequer comecei a me mexer pra fazer algo pelo mundo. Exceto começar esse blog (o que eu acho muito pouco ainda).

Acho que só vamos ter alguma mudança realmente quando começarmos pela educação. O problema é que o atual sistema obviamente boicota a educação. Lógico! Se eles educarem o povo, é claro que eles não vão ser escolhidos como representantes. Acho que a única maneira de realmente educar as pessoas é fazer algo independente do governo. Não digo essas ONGs que
ensinam crianças, digo algo mais profundo. Algo que eles não tenham como saber, que eles não tenham como intervir. Educar crianças de hoje, para inserí-las no mundo amanhã, conscientes do que precisam fazer pra gerar melhores condições para seus filhos. Gostaria que todos chegassem nas universidades já com senso crítico pra discernir o que é bom e o que é ruim.

Como fazer isso? Ainda não sei. Infelizmente eu sou preguiçoso demais pra começar a estudar e aprender como educar as pessoas. Talvez eu não tenha o perfil pra isso. Só a idéia. Mas um dia vou achar alguém que o tenha. E vou fazer algo de útil. É, começou com uma crítica a um professor.

domingo, 19 de julho de 2009

I'm not asking for the world

Eu simplismente odeio que determinem coisas que não podem ser determinadas. "Você nunca vai conseguir isso", "Eu jamais faria aquilo". Quem diabos é você pra dizer oque eu posso ou não fazer ?
Esse tipo de frase só tem uma utilidade: Te faz correr o risco de ter ela empurrada devolta gargata a baixo.

Ok, eu não sou uma pessoa modesta, mas nos meus 18 anos de vida já vi muita gente engolir devolta essas palavras idiotas. Vejo até hoje e infelizmente vou ter que continuar vendo pro resto da vida.

As pessoas tem esse costume nojento de falar sobre oque elas não sabem; E pior ! Sobre oque elas nunca vão saber.
Então para aqueles que já disseram "você nunca conseguiria", eu lhes digo "wait for it".

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Morte.


Li esta semana o capítulo 102 de Akumetsu. Nele há uma discussão sobre a morte. Além de tantas questões políticas e de economia, o mangá ainda abrange esse tipo de assunto. Não é à toa que está entre meus favoritos. E foi esse capítulo que me motivou a escrever o primeiro post deste blog.

O que acontece quando a gente morre? Pra onde a gente vai? Aposto que todos já perderam, em algum momento, tempo com essas perguntas. A resposta é bem simples, mas não vem ao caso agora. O que sempre me intriga nessa questão é: por que as pessoas têm tanto medo da morte? É claro, natural a pessoa ter medo de se machucar. Dói. Mas depois que você morre, você já não sente mais dor. Eu acho que as pessoas têm é medo de não continuar mais existindo. Medo de não influenciar mais no mundo. E é por isso que os diversos tipos de religião criaram explicações para o que acontece conosco após a vida. Existe um céu e um inferno? Nossas almas ficam vagando pela Terra? A busca por essas respostas é puramente o medo de não mais existir.

Eu já tive medo da morte. Corria chorando pra minha mãe com medo de morrer. Eu tinha medo do que aconteceria comigo quando eu morresse. Tinha medo porque não sabia. Não que agora eu saiba, mas eu perdi o medo do desconhecido. E também defini que pra mim, quando você morre, você deixa de existir. Sua existência simplesmente desaparece. Seu corpo, que é tudo o que você tem, permanece, até ser completamente consumido pelo ambiente. As sinapses dos seus nervos deixam de fazer as ligações que lhe dão a vida e você pára de pensar. Só isso. Mas por que se preocupar tanto com esse detalhe? Por que querer garantir algo para além da vida em detrimento dela própria? Não faz sentido pra mim a eternidade. Por isso não me preocupo com ela. Aliás, se por acaso o céu existe e é muito melhor que aqui na terra, por que continuar vivendo? Se a gente morresse e fosse pra um lugar melhor, a vida não faria sentido.

Então, se alguém desaparece quando morre, por que ter pena de alguém que morreu? Eu realmente não entendo. Mesmo que, digamos, a pessoa vá para o céu quando morre. Por que ter pena dela? Vai estar lá, feliz de estar no paraíso. Enfim, a pessoa desaparece, ela não vai estar se lamentando por não ter concluído algo que desejava. Eu tenho pena é de quem está vivo. De quem vai sofrer a perda. No fim, como tudo o que o ser humano faz (um dia falarei sobre isso), sofrer por alguém que morreu é egoísmo. Sim. Quem sofre, o faz porque gostaria que a pessoa ainda estivesse ali, ao seu lado. Puro egoísmo. Eu já passei por situações de morte. Eu chorei por egoísmo, porque uma parente minha morreu muito novinha, de uma doença. Eu queria cuidar dela, queria levar ela no cinema quando ela crescesse. Chorei pensando em mim. Mas depois de derramar as lágrimas eu pensei: pô, agora ela parou de sofrer. Algum tempo mais tarde, minha avó morreu. Mas eu não chorei. Porque entendi que a vida uma hora acaba. Não que eu não fosse sentir falta da minha avó, eu só aceitei que as coisas e as pessoas vêm e vão.

Eu pensei em falar em destino, mas não vou. Afinal, não existe tal coisa. As coisas simplesmente acontecem. Ok, eu falei. Mas é isso. Pode parecer clichê, mas a única coisa que é certa é que todo mundo morre.

Enfim, não temos porque temer a morte. Devemos aproveitar a vida, já que não resta nada depois que ela acaba. E na vida, faça o que bem quiser. Se quiser se divertir, se divirta, se quiser sofrer, sofra. Eu não vou julgar ninguém. Só vou discordar, porque eu sou diferente. Mas não se prenda ao que os outros pensam de você. Aproveite agora o que você não vai poder aproveitar depois.